O desenvolvimento dos estudos linguísticos
Departamento de Educação / Campus II – Alagoinhas
Estudos linguísticos I Complementação do seminário
O desenvolvimento dos estudos da linguagem: Idade Média, Renascimento até o século XVIII
A linguagem sempre interessou o homem; desde a antiguidade que o homem cultiva o estudo da linguagem, mas se consolidou no século XIX. Segundo Petter (2000, p.12) o interesse pela linguagem é muito antigo, expresso por mitos, lendas, contos, rituais ou por trabalhos eruditos que buscavam conhecer essa capacidade humana. Remontam ao século IV a.C. os primeiros estudos. Nesse período os homens reuniram uma soma de observações e explicações não negligenciáveis. Dubois (2006, p.390) afirma que geralmente o reconhecimento do estatuto da linguística como estudo científico da linguagem é assegurado pela publicação em 1916 do Curso de Linguística Geral de Ferdinand de Saussure. A partir dessa data, todo estudo linguístico será definido como surgido “antes” ou “depois” de Saussure.
Na Idade Média, o latim foi à língua mais estudada e expandida, por ser o idioma da igreja ocidental. Lyons (1979, p.14) destaca que o latim não era apenas a língua da liturgia e das escrituras, mas também a língua universal da diplomacia, da erudição e da cultura. O latim utilizado em Roma pela igreja Cristã não era a língua oficial de muitos países da Europa, e todos os ensinamentos dos livros publicados até então praticamente de nada valiam para as línguas estrangeiras. Grandes mestres desses países então começaram copilar as obras para melhor explicá-las e exemplificá-las a seus alunos. Ars minor ou gramáticas analíticas de Donato foi amplamente difundida entre aqueles que queriam ou precisavam aprender o latim. Assim como os jovens romanos aprendiam latim para apropriar-se dos textos prestigiados, os estrangeiros o faziam como ferramenta para a