O cérebro triuno

O CÉREBRO TRIUNO A palavra “triuno” parece estar intimamente ligada ao ser humano. Quantos já ouviram falar que somos feitos de corpo, alma e espírito? E que somos seres triblásticos tendo nossos tecidos formados a partir de três folhetos embrionários? Ou que dividimos nossos círculos relacionais em família, amigos e estranhos? Até mesmo em nossos trabalhos científicos precisamos nos organizar a partir de três níveis de ação que são o planejamento, a execução e análise/conclusão.
Afinal parece que somos mesmo seres tricotômicos e espelhamos em nossa existência essa tendência em classificar o mundo ao nosso redor de acordo com o que COSTA (2005) classificou como nossos três níveis de ação. De acordo com sua classificação, todas as nossas ações físicas são o resultado de ações de CONTRAÇÃO/RELAXAMENTO muscular que podem ser manifestadas em três níveis: autônomo, volicional e racional.
1. Ação autônoma compreende as contrações/relaxamentos musculares causados por um esforço autônomo com caráter teleológico (dotado de propósito/objetivo), como por exemplo, os batimentos cardíacos.
2. Ação volicional se expressa nas contrações/relaxamentos musculares intencionalmente causados por um esforço da vontade. (ainda que sem um planejamento mental prévio), como por exemplo, caminhar.
Para Costa (2005, p. 88), a ação volicional é uma adição evolucionária à atividade autônoma. Ela preserva certas características da última, como o fato de ser teleológica, embora a teleologia se faça aqui consciente ao ser tornada uma intenção.
3. Ação raciocinada são as contrações/relaxamentos musculares intencionalmente originados à luz de um processo de deliberação racional, como por exemplo, ir até o supermercado para comprar pão e leite para o café da manhã.
Se analisarmos mais a fundo veremos que nossas ações em qualquer nível são interdependentes e que uma mesma ação pode ser executada em vários níveis de ação diferentes.
De acordo com a teoria do cérebro triuno, desenvolvida pelo