O contador de história
Sua mãe, acreditando que Roberto Carlos poderia se tornar um doutor, entrega sue filho por não possuir condições de cria-lo, ainda criança, à Febem - Fundação para o Bem-Estar do Menor. Ele se destaca dentro da Febem, com seu talento para criar situações e, imagens para transformar a realidade, mas acaba sendo removido à outra instituição quando se torna adolescente. Devido às condições impostas por esta instituição, mais rígidas da anterior, longe de sua família, Roberto Carlos sofre com os castigos, as torturas sofridas por ele e outros internos. É para tentar fugir disso que ele conhece submundo das drogas e torna-se delinquente, cometendo infrações para sustentar seu vício, sem qualquer pessoa que o estendesse à mão e depositasse esperança na sua recuperação social.
E é justamente quando ele está à margem da boa sociedade, apontado como um ser “irrecuperável”, que sua vida muda, ao conhecer uma pedagoga que acredita na recuperação das pessoas e permite que seu talento aflore para os olhos alheios. Margherit é francesa, usa de sua educação, tratando Roberto Carlos com cortesia da qual ele jamais havia presenciado “com licença” e “por favor” e sensibilidade para tornar Roberto Carlos além de um sobrevivente. Ela o estimula e, aos poucos, consegue ganhar sua confiança. Adota-o como filho e oferece a educação que lhe foi negada.
Roberto Carlos, então, conclui seus estudos e vai morar na França com sua mãe adotiva. Posteriormente retorna à Febem e tenta fazer de sua história de vida uma lição para recuperar outros jovens “irrecuperáveis” que naquele momento vivem a mesma vida que ele um dia viveu.
Hoje, Roberto Carlos é conhecido internacionalmente e é um dos maiores contadores de histórias do mundo.