O contador de Histórias
Baseado na historia de Roberto Carlos Ramos.
MG- Belo Horizonte 1978
Roberto era muito pequeno quando sua mãe o levou para Febem, com a esperança de um futuro melhor. Pois moravam numa favela com seus nove irmãos. Na infância usou sua criatividade para se “virar” na instituição, mas na adolescência foi transferido para outra instituição mais rígida. Fugia com muita frequência e sempre era recapturado. Numa dessas voltas p/ FEBEM conheceu Margherit Duvas (Uma pedagoga francesa). A diretora da instituição disse que ele era irrecuperável, mas Margherit viu algo diferente no garoto e pediu para que ele contasse sua história. Ficou fascinada com o modo que ele contou sua história. Roberto fugiu novamente e foi para as ruas, Margherit o encontrou e o convidou para a sua casa. Ele foi, mas a intenção era rouba-la, ficou surpreso com a grande quantidade de comida, tentou rouba-la, mas acabou quebrando o seu gravador. Com medo fugiu para as ruas e foi estuprado. Voltou para casa de Margherit e se trancou no banheiro por alguns dias, ela cuidou dele, deixava comida e roupas na porta. Assim ganhava a confiança de Roberto com muita paciência.
A partir dai ele começou a contar sua história:
Quando criança empinava pipa o dia inteiro, morava em uma favela com sua mãe e nove irmãos, eram muito pobres.
Um dia estavam assistindo televisão na comunidade e viu uma propaganda da FEBEM, com a promessa de que uma vez internado viravam doutores, sua mãe vendo aquilo, decidiu interná-lo por ser o filho caçula.
Quando chegavam lá Roberta viu que a FEBEM era muito diferente do que ele imaginava. Passou momentos de solidão na FEBEM. Recebia a visita de psicólogas, percebendo que quando erra os testes recebia biscoitos passou a errar todos de proposito para receber a recompensa.
Nas visitas pedia para sua mãe para que levasse ele de volta para sua casa. Sua mãe dizia que lá era melhor, que ele teria um futuro melhor. Quando completos 7 anos