Conferencia de Berlim
Na sua atuação na Conferência de Berlim, os Estados Unidos da América permaneceram com a sua postura isolacionista, pregando a não interferência dos países europeus no continente americano e o não envolvimento no que diz respeito aos conflitos atuais dos países europeus, contanto que as decisões tomadas na Conferência não agredissem os interesses dos Estados Unidos, exemplificados pelo livre comércio nas áreas da bacia do Congo e Níger, o fim do tráfico de escravos e o investimento no desenvolvimento dos países africanos.
A discussão inicial realizada na Conferência pelos países: Alemanha, Itália, França, Reino Unido, Reino da Bélgica, Portugal, Espanha, Império Austro-Húngaro e Estados Unidos da América coloca em destaque a necessidade de formar um acordo para que se evitasse o conflito armado entre as potências europeias envolvidas. O Reino Unido iniciou seu discurso alegando que a posse de territórios no continente africano deveria se concretizar a partir da análise política, econômica e histórica do país colonizador, obtendo apoio político de Portugal. No entanto, a Itália demonstrou oposição à ideia abordada, alegando a ascensão de novas potências e a possível monopolização dos territórios por parte dos países que possuíam direitos históricos. Nesse momento os EUA concordaram com a não monopolização dos territórios africanos e propôs uma ação de livre comércio por parte de todos os países presentes.
A seguir o Império Austro-Húngaro e o Reino Unido iniciaram um debate acerca da posição do segundo a respeito da capacidade de os outros países manterem uma soberania para governar os territórios africanos, o que determinou a refuta do primeiro, que afirmava a sua capacidade e a de outras potências em ascensão de consagrar tal fim. Na questão abordada anteriormente acerca dos direitos históricos, Espanha demonstrou solidariedade à Portugal, França e Reino Unido, buscando manter suas colônias previamente conquistadas. Em contrapartida Itália,