Conferência de berlim
O interesse europeu pela África vinha de muito tempo antes da Conferência. No século 15, os portugueses já haviam chegado aos arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, iniciando sua ocupação do continente (que depois se estendeu a Angola e Moçambique). Os britânicos ocuparam partes da atual África do Sul, do Egito, do Sudão e da Somália no século 19. No mesmo período, os franceses se apoderaram de parte do Senegal e da Tunísia, enquanto os italianos marcavam presença na Eritréia desde 1870. Em 1902, França e Inglaterra já detinham mais de metade do continente. Com uma crise no Império Otomano, houve iniciativa do rei da Bélgica, Leopoldo II, em explorar e fundar postos comerciais dentro do território africano. Mas o que realmente o rei queria era um império ultramarino, onde, com ações filantrópicas, efetivaria o conhecimento geográfico que possibilitasse resolver problemas de rotas comerciais. Tudo foi acertado na Conferência Geográfica de Bruxelas em 1876, patrocinada pelo rei Leopoldo II. Leopoldo II tratou de tomar diversas formas de medidas para efetivar a criação de seu império, sendo talvez, esse o primeiro ponto de influência para a criação da Conferência de Berlim, pois os países imperialistas perceberam as medidas tomas pelo rei da Bélgica, e trataram de repartir o continente africano.
A Conferência de Berlim
Um fato importante desse feito de partilha, é que Portugal, tentando reaver a sua condição de colonizador e manter um monopólio de comercial, se fez presente como proprietário do “mapa cor-de-rosa” de 1883, onde desejava obter a concessão de ligação do oceano Atlântico ao Indico, sendo a ligação de Angola a Moçambique, passando por vários povos como Zâmbia e Zimbábue, e formando uma só província Angolomoçambicana. As relações diplomáticas entre França e Inglaterra sempre tiveram um tom de desagrado. O expansionismo político francês levou a Inglaterra e França a