O conflito entre arrozeiros e indígenas na reserva indígena raposa serra do sol.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA
CAMPUS BOA VISTA
O CONFLITO ENTRE ARROZEIROS E INDÍGENAS NA RESERVA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL
Rodrigo Mateus da Silva
Turma: 13631 / Secretariado
Boa Vista-RR, 19 de dezembro de 2012.
O conflito entre arrozeiros e indígenas na reserva indígena
Raposa Serra do Sol
O estado de Roraima, com seus poucos anos de história, já foi palco de grandes conflitos de terras envolvendo posseiros e proprietários. O conflito que mais se destacou foi o processo de demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, que é o mais antigo e conturbado da história do Brasil.
Documentos oficiais tramitam desde 1917 recomendando a criação desta reserva indígena, porém ficaram esquecidos por sessenta anos, até que em 1977 a Fundação Nacional do Índio interessou-se em mover o processo para reconhecimento da área. Foram então estipulados inicialmente 3.500 km², mas a demarcação empacou. Não índios se instalaram nas fronteiras dessa área, concentrando grandes fazendas de arroz, responsáveis desde então a 6% do PIB roraimense até que em 2005 esses arrozeiros tiveram uma grande surpresa. A reserva foi finalmente demarcada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas com o território expandido para 17.000 km², resultando na apropriação das fazendas de arroz. A partir daí começa a conturbada briga entre arrozeiros e índios pela posse de terra.
A região tornou-se um campo de guerra com utilização de armas, fechamento de estradas, ameaças, agressões e depredação de patrimônios, sendo destaque nos principais jornais do Brasil. Os arrozeiros, liderados por Paulo César Quartiero - prefeito de Pacaraima na época -, utilizaram táticas terroristas contra policiais federais para impedir a retirada de suas fazendas, agora parte da reserva indígena.
Penso que foi um exagero o Governo Federal demarcar uma área tão extensa para pouco mais de 19.000