O conceito “lean” aplicado na gestão da manutenção
Alexandre Pereira
(1) (1)
; Carlos Silva
(2)
alexhcpereira@gmail.com; carlos.silva27@gmail.com alexandre.pereira@catim.pt
CATIM – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica; Porto; Portugal (2) Gestor e Consultor Industrial (Engenheiro Mecânico)
Resumo A Aplicação “LEAN” tem como principal área de actuação a produção onde são aplicadas todas as técnicas e ferramentas, tal como pede o conceito. Mas frequentemente os níveis de excelência e expectativas não são atingidos. Por quê? O que ficou esquecido? A resposta está nos equipamentos produtivos e de suporte: optimizamos processos de produção, redefinimos tempos, reduzimos os lotes de produção, aumentamos a rotação de stocks, mas o que fizemos no equipamento produtivo? A nossa manutenção continua a ser demasiado correctiva em vez de preventiva e preditiva. Por isso a taxa de disponibilidade real do equipamento para produção é normalmente “muito baixa”. A manutenção também tem que estar apta a introduzir mudanças e melhorias significativas nos equipamentos, de modo aumentar cada vez mais os níveis de produtividade e disponibilidade dos mesmos. Além disso é necessário que esta tenha um nível de fiabilidade aceitável. A implementação destas mudanças requerem uma abordagem bastante diferente da actual, sendo obrigatório o envolvimento das administrações e chefias de topo, começando pela necessidade de formação, redefinição dos objectivos e equipes e modos de actuação. Em contraponto à simples recolha e análise dos custos de manutenção, surge a necessidade de reunir e trabalhar sobre informação que evidencie o impacto nas paragens e perdas associadas. Assim a gestão da manutenção passará então a ser vista não como um custo, mas sim também como uma oportunidade. Actuando de acordo com estes procedimentos, teremos um mundo industrial mais eficiente e capaz. 1. INTRODUÇÃO Não obstante de estarmos já na 2ª década do século XXI, a maior parte das