O conceito de pulsão
VICTORIA MACIEL
Resumo: O presente trabalho será focado na palavra Pulsão e suas tramas conceituais. Nas obras literárias de Freud isso ocorre com alguns termos introduzidos por ele. Alguns destes termos se tornaram palavras-chave da teoria freudiana, e por isso é de fundamental importância seus esclarecimentos, a fim de amenizar possíveis conflitos conceituais. Qualquer obra submetida à tradução para outra língua corre o risco de ser indevidamente interpretada, ou em alguns casos, corre o risco de não se encontrar uma palavra totalmente equivalente àquela do idioma de origem.
Palavras-chave: Pulsão, conceitual,
O termo pulsão é um dos mais polêmicos na obra Freudiana. A extensa gama de significados e conotações do termo em alemão aumenta a polêmica. Há séculos, era empregado na linguagem corrente, bem como nas linguagens comercial, religiosa, científica, e filosófica. Pulsão teve seus primeiros aparecimentos na obra de Freud em Três ensaios sobre a sexualidade (1905) e, embora nessa época sua delimitação não fosse bem definida, a sua importância já se fazia sentir. Numa nota de rodapé acrescentada em 1924, Freud diz “a teoria das pulsões é a parte mais importante da teoria psicanalítica embora, ao mesmo tempo, a menos completa”. De acordo com Garcia-Roza (1936) a Pulsão não é uma descoberta freudiana, mas uma produção teórica de Freud. Pulsão vem do termo alemão Trieb, é empregado para designar “ímpeto ou impulso”, “necessidade”, “desejo”, “instinto”, “disposição”, “força impelente”, “vontade intensa”, “energia”. Trieb na teoria freudiana é traduzido para “pulsão” ou “instinto”. Porém, utiliza-se predominantemente o termo “pulsão”, visto que a palavra instinto, no português, tem uma carga mais biológica e fisiológica que psíquica, e remete a comportamentos estereotipados perpetuados pelas espécies. Freud pensou a pulsão também como intermediária entre o biológico e o