Teoria do conceito de pulsão segundo freud
O conceito de pulsão implica em um conjunto de conceitos que são retirados dessas observações, mas que lhes são impostos a partir de um lugar teórico. Estes não são pois noções descritivas, mas conceitos teóricos que não designam realidades observáveis ou mesmo existentes, são puras construções teóricas. Segundo Freud a pulsão nunca se da por si mesma, nem a nível consciente, nem a nível inconsciente, ela é conhecida pelos seus representantes, a ideia e o afeto, ela e também meio física e meio psíquica, dai seu caráter mitológico. A diferença fundamental entre a pulsão e o instinto é que o instinto além de designar um comportamento hereditariamente fixado, possui um objeto especifico, enquanto a pulsão não implica nem comportamento pré-formado nem objeto especifico.
Freud diz que pulsão é um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático, ou ainda é o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente. Essas duas definições de Freud confundem a pulsão enquanto representante dos estímulos internos, com os representantes psíquicos da pulsão. Freud afirma que uma pulsão nunca pode tornar-se objeto da consciência e que mesmo no inconsciente ela e sempre representada por uma ideia ou por um afeto, portanto uma coisa é a pulsão, e o representante psíquico da pulsão é outra, e outra coisa é a pulsão enquanto representante de algo físico. Pulsão nunca se da como tal, nem a nível consciente nem a nível inconsciente, ela só se da pelos seus representantes, representante ideativo e o afeto, ambos são os representantes psíquicos da pulsão.
A fonte da pulsão é corporal, não psíquica, é um processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo e cuja excitação é representada na vida mental pela pulsão. Isso sendo a pulsão enquanto representando algo físico, o que é diferente dos representantes psíquicos da pulsão.
A pulsão de fato se apoia no instinto, mas não se reduz a ele, o apoio é o momento