Psicologia e educação
Este trabalho tem como objetivo pensar a pulsão desde seu início no projeto, quando considerada como energia que circula no aparelho psíquico. Para compreendermos o significado de pulsão, faz-se necessário entender também, os conceitos de instinto e libido.
Pulsão é pressão ou força, concebida como um fator quantitativo econômico, uma exigência de trabalho imposta ao aparelho psíquico [...] Um conceito-limite entre o psiquismo e o somático”. Está ligada à noção de representante, como uma espécie de delegação enviada pelo somático ao psiquismo. (Laplanche e Pontalis,1995 p.395 )[2]
Na medida em que a pulsão sexual representa uma força que exerce uma “pressão”, a libido é definida por Freud como energia dessa pulsão. É esse aspecto quantitativo que vai prevalecer no que se tornará, a partir da concepção do narcisismo e de uma libido do ego, “a teoria da libido”.
É difícil apresentar uma noção satisfatória da libido. Não apenas a teoria da libido evoluiu com as diferentes etapas da teoria das pulsões, como o próprio conceito está longe de ter recebido uma definição unívoca.
Nos “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), Freud fala da teoria da libido como uma força quantitativamente variável que poderia medir os processos e transformações ocorrentes no âmbito da excitação sexual, com um caráter qualitativo.
No “Vocabulário de Psicanálise”, de Laplanche e Pontalis, a escolha do termo instinto como equivalente inglês ou francês de Triebnão é só uma inexatidão de tradução, como ameaça introduzir uma confusão entre a teoria freudiana das pulsões e as concepções psicológicas do instinto animal, e apagar a