O Capital
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/
04/10/2013
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Estreia: Costa-Gavras aborda reflexos da crise em 'O Capital'
Filme de cineasta grego é uma crítica ao capitalismo carregada de cinismo.
Trama mostra ascensão financeira e declínio moral de executivo.
Cena de 'O capital'. Foto: Divulgação
. Foto: Divulgação
O título do novo filme do cineasta grego Costa-Gravas parece uma provocação. "O Capital", é claro, refere-se a uma soma de dinheiro, mas também remete à obra-máxima de Karl Marx. Uma ambiguidade que se afina perfeitamente com a essência deste longa, uma crítica ao capitalismo carregada de cinismo.
Conhecido por seu cinema político - cujos expoentes são "Z" (1970), "Estado de sítio" (1972), "Desaparecido" (1982) -, o veterano cineasta investiga implicações morais e financeiras da crise econômica de 2008.
Baseado num romance homônimo do francês Stéphane Osmont, um expert do mercado financeiro, "O Capital" - ao lado de filmes como "Margin call - o dia depois de amanhã" e "A negociação" - busca a intersecção entre o plano pessoal de seus personagens e o momento histórico-econômico em que vivem, ou seja, nosso mundo do capitalismo tardio. O que guia a narrativa é a ascensão de Marc Tourneil (Gad Elmaleh) e os jogos de poder que ele enfrenta para se manter na presidência do banco Phenix.
Se, num primeiro momento, a colocação de Marc no topo da hierarquia é apenas uma medida temporária, ele não mostra que pretende se manter ali por muito tempo.
"O Capital" é o jogo de poder a que o protagonista se submete, fazendo pactos, conchavos, negociações e puxando tapetes. Sua mulher, Diane (Natacha Régnier), que vem de uma família rica, não entende direito os mecanismos - para ela, dinheiro nunca foi um problema. E, para ela, Marc diz: "Para você, riqueza é o passado. Para mim, é o futuro".
Mirando nesse futuro, em momentos de