O capital
Marx, Karl. O Capital. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2000. p 57-254.
Vida e obras.
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trier, na Alemanha. Sue pai era judeu convertido ao protestantismo, e quis que seu filho também fosse educado nesta confissão religiosa. A imposição externa de tal religião contribuiu para orientar religiosamente o espírito de Marx, que durante toda a sua vida, desde sua mocidade, se declarou ateu. É considerado o intérprete de maior destaque da revolução industrial, o teórico do “socialismo científico” e o profeta da revolução proletária.
No começo de seus estudos seguiu entusiasmado o pensamento de Hegel. Mais tarde se valeu de outras contribuições como dos expoentes da esquerda hegeliana, Engels, Saint Simon, Darwin e Adam Smith. Da esquerda hegeliana recebeu a teoria segundo a qual a religião não passa de uma criação humana. De engels e Saint Simon, veio-lhe a doutrina segundo a qual o aspecto mais importante da sociedade é o econômico. De Darwin aproveitou a teoria da evolução de tudo o que existe no mundo da natureza e da história. Do economista Adam Smith tirou um ensinamento a respeito da estabilidade das leis econômicas.
Suas principais obras são: O Capital (1867). Lutas de Classes na França (1850). Manifesto do Partido Comunista (1848 - em parceira com Engels). A Questão Judaica (1844). A Sagrada Família (1845 – em parceria com Engels). A Guerra Civil França (1871). A Ideologia Alemã (1845 – em parceria com Engels). Miséria da Filosofia (1847).
O Capital
Em O Capital Marx inicia com a análise de mercadoria, demonstrando a existência de dois valores, o de uso que se baseia na qualidade da mercadoria e o de troca, que é algo idêntico que existe em mercadorias diferentes. O valor de troca consiste segundo Marx na "quantidade de trabalho socialmente necessária" para produzir uma determinada coisa.
Falar da mercadoria em si sem atentar para o fato de que ela é produto da ação humana acaba