CAPITAL
Salienta-se também outro ponto do capitalismo contemporâneo financeirização do capital. Segundo Braz e Netto (2007, p.231). Resulta da superacumulação e, ainda, da queda das taxas de lucro dos investimentos industriais registradas entre os anos setenta e meados dos oitenta, compreende-se que um montante fabuloso de capital disponibilizou-se então sob a forma de capital-dinheiro (ou capital monetário). Parte desse capital foi investida na produção e, especialmente, no setor de serviços em outros países pelas corporações imperialistas (representando o chamado investimento externo direto/IED), aliás, um dos dínamos da mundialização. Parte substantiva, porém, permaneceu no circuito da circulação buscando valorizar-se nesta esfera.
No capitalismo monopolista a financeirização tornou-se transações financeiras, de modo geral, predominantemente especulativas, ou seja, os rentistas e possuidores de capital fictício, (ações, cotas de fundos de investimentos, títulos de dívida pública) extraem ganhos sobre valores frequentemente imaginários (BRAZ; NETTO, 2007, p.232).
O mundo que vivemos, na entrada do século XXI, é muito diferente daquele que despontava na segunda metade do século XX, se cronologicamente, dele nos separam pouco mais de três décadas, do ponto de vista societário a impressão que se tem é a de que experimentamos um “mundo novo” BRAZ; NETTO, 2007, p.235).
No capitalismo contemporâneo ocorre também a financeirização do capital, no qual a razão é a super- acumulação e a queda das taxas de lucro dos investimentos industriais seriam na verdade um capital fictício ou as ações, obrigações e outros títulos de valor. Há também no capitalismo contemporâneo uma industrialização generaliza, por meio de produtos