O brincar é o brinquedo
Esse problema tem sido identificado com a “democratização” do ensino básico, o que resultou em um maior contingente de alunos freqüentando a escola sem que, contudo, se criassem as condições para essa ampliação, como, cursos formadores para instrumentalizar adequadamente os educadores, no sentido de atender uma clientela com necessidades diferentes, uma das decorrências dessa ampliação quantitativa sem preocupação com a qualidade se configura no imenso fracasso escolar, que se observa até hoje, uma vez que são desconsiderados os condicionantes do processo de alfabetização: os aspectos sociais, políticos, econômicos, psicólogos, lingüísticos, bem como, pedagógicos relacionados ao aprendizado da leitura e da escrita.
Como conseqüência, a escola tem desconsiderado a alfabetização como manifestação do processo de estruturação de um saber como meio de adquirir poder político, ou seja, de saber utilizar a escrita nas diferentes situações sociais.
Ao lado desse quadro permanente, o conceito de alfabetização desenvolveu-se, significativamente, nas últimas décadas, a partir de pesquisas, tanto na área da psicologia cognitiva como nas concepções de linguagem. Tradicionalmente a alfabetização era entendida como resultante da capacidade de ler e escrever um texto simples, podendo até ser apenas o próprio nome. Passa então a ser considerada a partir dos anos 80 como sendo um processo permanente, de elaborações de conceitos sobre a língua escrita, multifacetado e capaz de criar condições para uma consciência crítica e móvel das transformações sociais.
Foi durante o Curso de Pedagogia da UFRN e principalmente na disciplina Processo de Alfabetização, que pude me apropriar dos novos saberes