Brincar e o brinquedo

O tema deste trabalho, o brincar e o brinquedo, tem gerado grandes debates em sala de aula e também com os profissionais da área da educação infantil. Por muito tempo a brincadeira foi considerada com algo naturais da infância e sem importância, muitos profissionais que atuam em escolas de educação infantil não tiveram uma formação que lhes explicassem sobre a importância do brincar para o desenvolvimento infantil. Mas já são antigos os estudos sobre este tema e são sobre estes estudos de grandes autores da pedagogia que será a base deste trabalho. Froebel em 1887 já dizia que o jogo é uma das principais fontes para o desenvolvimento durante a primeira infância e para ele este período é o mais importante da vida humana, pois é nele que se constitui a fonte de tudo o que caracteriza o individuo e toda a sua personalidade, portanto para Froebel a brincadeira é uma atividade séria. Já no século XX, o tema é abordado novamente por estudiosos com Vigotski, Leontiev e Elkonin, estes autores viam a infância e seu desenvolvimento fortemente conectados com a educação e com a sociedade na qual a criança está inserida. Para Leontiev e Elkonin (ambos apoiados nos estudos realizados por Vigotski) a brincadeira não é uma atividade instintiva na criança. Para esses autores a brincadeira é objetiva, pois ela é uma atividade na qual a criança se apropria do mundo real dos seres humanos da maneira que lhe é possível nesse estágio de desenvolvimento. Esses autores afirmam que a fantasia, a imaginação que é um componente indispensável à brincadeira infantil, não tem função de criar para a criança um mundo diferente do mundo dos adultos, mas sim de possibilitar à criança se apropriar do mundo dos adultos a despeito da impossibilidade de a criança desempenhar as mesmas tarefas que são desempenhadas pelo adulto. Por exemplo, ao brincar de motorista de ônibus ela precisa usar da fantasia para substituir as operações reais realizadas por um motorista de ônibus pelas operações que estejam