O brincar nas sociedades antigas:

Na Grécia a dois mil e quatrocentos anos surge à preocupação pela formação de cidadãos, segundo um ideal superior. Para os filósofos este ideal de formação deveria começar na infância, período de brincadeiras ou puerilidades, onde acreditavam que a natureza das brincadeiras e jogos podia afetar no comportamento quando adulto, o que poderia assegurar ordem ou perturbar a vida social. As brincadeiras deveriam ser mediadas por adultos para que por meio da mesma não houvesse a disseminação de falsos conceitos e tudo que fosse contra as leis da virtude. As virtudes envolviam o falar bem, escrever bem e o gosto pela arte, desenvolvimento do senso de justiça, razão e o aprendizado da cultura em geral, formando um cidadão autônomo, capas de intervir e ser protagonista na sociedade. Segundo Vygotsky (1984) “afirmam que ao brincar as crianças reproduzem aspectos de uma sociedade e do mundo adulto, como uma forma de compreender, por meio da simulação, a moral dominante do meio, na qual está inserida” (apud Santos e Koller, 2003).
Na Roma antiga as brincadeiras eram representadas em formato de jogos, jogos estes, que eram menos lúdicos e tinham função diferente das brincadeiras na sociedade grega. Os jogos na sociedade romana eram por meio de corridas de carros e lutas de gladiadores. Escolas onde os futuros gladiadores eram treinados se espalhavam pelo território romano, os lutadores pertenciam a grupos específicos, com armamentos diferenciados. Existiam mais de dez tipos de gladiadores, que lutavam entre si, com anões e animais. A função dos jogos na sociedade romana não era a de educar, mas sim de entre-te e alienar a população, por meio da politica do pão e circo. Marx (2003) “sob o contexto do fetichismo da mercadoria, a tal ponto que esqueciam os principais problemas sociais de Roma.” (apud Piccolo, 2011). Os jogos aconteciam em um local denominado circo máximo e reuniam mais de 150.000 espectadores. Oferecer espetáculos a população era uma forma de arrecadar votos