O Brasil teve um período de vida democrática de 1945 a 1964
No populismo, o Estado adotava uma política de conciliação de classes sociais, com objetivo de alcançar um desenvolvimento econômico autônomo. Também defendia reformas sociais limitadas, para manter o apoio popular. Durante estes governos, o Estado investiu em indústrias de base, com a finalidade de fornecer matéria-prima e energia a baixo custo, para o setor privado.
Neste período, se acirrou a luta entre os “nacionalistas” e “entreguistas”. Os nacionalistas, do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assim como outros setores da sociedade, temiam que com a abertura da economia ao capital estrangeiro, as nossas empresas nacionais fossem destruídas; que grupos internacionais passariam a dominar nossa economia. Por outro lado, os “entreguistas”29, da União Democrática Nacional (UDN), viam com bons olhos a internacionalização da economia brasileira, justificando que quanto mais investimentos viessem para o nosso país, mais nossa economia iria crescer e se modernizar.
O PCB da época, Partido Comunista do Brasil, apoiava os nacionalistas, porque acreditava no enfrentamento da burguesia nacional contra o Imperialismo dos Estados Unidos da América (EUA).
Em 1961, acontece um fato marcante na história política nacional: Jânio Quadros, presidente eleito pelo povo, renuncia ao seu cargo. Ministros militares tentam impedir a posse do vice João Goulart, mas não conseguem devido à mobilização do general Machado Lopes e do governador Leonel Brizola, ambos do Rio Grande do Sul.
Nos primeiros tempos de seu governo, Jango teve de conviver com o sistema parlamentarista, além de reafirmar sua crença nos princípios democráticos, e sua repulsa ao comunismo. O presidente Goulart, ou “Jango”, era um nacionalista e contava com forte apoio do PTB (Partido