O Brasil em crise e o mundo em transição
A politica externa d governo Fernando Collor de Melo representa uma drástica alteração nas tradicionais linhas da diplomacia brasileira.
A nova dinâmica estabelecida a partir da adoção da política neoliberal pelas nações periféricas, torna-se ainda mais visível se atentarmos para o período precedente e suas linha de ações externa. A política externa do governo José Sarney constitui um momento muito importante para a análise da inserção internacional do Brasil, pois se situa entre duas fases bem definidas: anteriormente o paradigma diplomático do regime militar, e depois a inserção neoliberal no período da anunciada “globalização”, iniciada pelo governo Collor.
A politica externa durante o regime militar caracterizou-se pela busca de novos espaços de atuação política e conomica no âmbito internacional, no sentido de alterar a histórica dependência face aos EUA. A prioridade era alcançar o desenvolvimento econômico nacional, condizentes com as necessidades internas e a projeção nacional e internacional de acordo com as reais possibilidades do País.
Agregado a esse processo estava a crise de hegemonia no sistema internacional que completava o quadro de dificuldades para a inserção dos países periféricos, mas não impediu o Brasil de adquirir o status de “potencia media”.
A ruptura na linha diplomática brasileira: a transição do governo Sarney para o governo Collor
O período de transição democrática, apesar de representar o processo de abertura política e apresentar indícios de abertura econômica que acabaria por se delinear na década de 90, não representa necessariamente uma postura passiva em relação aos acontecimentos da politica internacional.
Ainda que o governo Sarney fosse marcado por traços de continuidade com o regime militar, constituía ao mesmo tempo, uma espécie de “etapa superior” da transição à democracia liberal do Brasil.
E apesar de algumas