Contracultura e Rebeldia nos Anos 60
SONS E IMAGENS DO SÉCULO XX
Prof. Cacá Jacomucci
A Contracultura e a Guerra do Vietnã
A Guerra do Vietnã foi um dos fatos mais marcantes para a sociedade norte-americana, gerando um grande debate interno, com posições que iam do apoio incondicional à atuação do Estado às manifestações pacifistas.
Tendo ocorrido em grande parte durante a década de
1960, momento em que o país passava por grande efervescência cultural com o movimento hippie, o aparecimento dos ícones do rock e o movimento negro, todos eles com enorme participação dos jovens, a mobilização da sociedade em torno da política externa do país foi decisiva para o resultado do conflito. O entrelaçamento deste ambiente de contestação da ordem e do poder dentro do
Na Europa a contestação da ordem também se mani-
país e o conflito no Vietnã, provocou o aparecimento de um
festou entre os jovens, sobretudo com o Maio de 1968 em
forte sentimento anti-belicista nos EUA. Além disso, a
Paris, onde estudantes contestavam a ordem sem ter um
Guerra do Vietnã foi o primeiro conflito armado transmitido
inimigo claro. Frases nos muros como “A imaginação no
pela TV, fato fundamental para entender a crescente
poder” e “É proibido proibir”, tomaram a cidade revivendo
repulsa da opinião pública norte-americana em relação à
as barricadas de 1871 (Comuna de Paris). Formava-se
guerra. Também o cinema foi marcado por este período,
uma Nova Esquerda que criticava os modelos stalinistas
sendo que poucos temas históricos geraram tantos filmes
que vigoravam nos países do leste e passava a crer no
e com posturas tão variadas.
papel revolucionário de grupos que o marxismo tradicional não valorizava, como os camponeses do Terceiro Mundo
A CONTRACULTURA
(Revolução Chinesa e Cubana), o movimento negro norteamericano, os movimentos de contestação da juventude.
A contracultura enquanto fenômeno datado, se remete
O filósofo Herbert Marcuse foi o grande ícone