A CONTRACULTURA NOS ANOS 70
Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. A contracultura nada mais é do que a negação dos valores impostos pela sociedade norte-americana que valorizava o indivíduo que tivesse um bom carro, um bom emprego, dinheiro e uma família, por exemplo. Muitos foram os grupos da contracultura norte-americana, mas certamente os representantes mais importantes desta corrente foram os hippies. Diante de toda a desigualdade social e das contradições vistas na sociedade dos anos 60 – de um lado, prosperidade, crescimento econômico e aumento da riqueza para alguns e do outro a desigualdade social interna, a desigualdade racial, a Guerra do Vietnã e muitas idéias conservadoras, moralistas e retrógradas – os jovens da contracultura, em geral, passaram a defender valores exatamente opostos aos valores daquela sociedade.
Movimento Hippie
A contracultura marcou o final da década de 60 e continuou durante a década de 70, espalhando-se dos Estados Unidos para o resto do mundo. As músicas de protesto, a cultura hippie e a negação aos valores da sociedade norte-americana expandiram-se para os outros continentes, adequando-se aos mais diferentes contextos e tomando as mais diferentes formas. No Brasil, por exemplo, as influências da contracultura serão tardias e sem os mesmos efeitos políticos, restringindo-se apenas às características estéticas – roupas coloridas e os cabelos compridos, ou seja, a aparência hippie (também chamada de hippie de boutique).
Mas nos Estados Unidos, o movimento da contracultura deu novo fôlego a diversos outros movimentos que ocorreram durante a década de 70, como o movimento pela democracia racial, nos EUA. Não podemos negar, portanto, que a contracultura, além de marcar toda uma geração em todo o mundo,