O Ato de Sonhar

O sonhar é um essencial recurso resultante de interferências externas, mas proveniente do cérebro, cuja existência é datada desde a origem da vida - no início comum e primordial e no início individual, uterino. As funcionalidades deste ato regular são cada vez mais exploradas e, por conseguinte, usufruídas, tais quais: simular a realidade além-sonho a fim de realizar uma necessidade sem despertar o indivíduo; representar, durante o sonhar, a realização de desejos não concretizados além-sonho; projetar, de forma disfarçada, o resultado das interferências externas na mente; revelar futuros eventos, dos quais ainda não se havia o conhecimento; entre outras variadas. Há, inclusive, a crença de que o sonho foi e ainda é a real Origem e a Criação.
Segundo uma das teorias acerca da formação do universo, a cosmogonia aborígene, o sonhar haveria "exteriorizado" fragmentos do mundo psíquico, dando forma às diversas coisas existentes. "Sonhar" se igualaria, em partes, a "criar". Sendo assim, o sonho teria sido e ainda seria a ferramenta de criação de tudo o que nos cerca. É possível notar que este ato acompanha a evolução da sociedade e parece interferir cada vez mais no nosso cotidiano.
Os sonhos se tornam mais intensos e mais fáceis de serem recordados após o despertar durante a fase do sono REM(Rapid Eye Movement). Tal período é caracterizado por rápido movimento de olhos, relaxamento considerável dos músculos e ampliação da atividade cerebral em relação às outras fases do sono. Ao despertar de uma pessoa, antes ou logo após a chegada no período em que ocorrem os movimentos acelerados dos olhos, em razão de uma ação externa e contrária ao ciclo natural do sono, esta mesma pode demonstrar ansiedade e nervosismo durante o dia; além de outras consequências a longo prazo, como tendência ao envelhecimento precoce e à aquisição de determinadas doenças. Retorna-se ao clichê verdadeiro de que uma noite de sono agradável é essencial para uma boa qualidade de vida.
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