Resenha
Rubem Alves
Rubem Alves através de seu livro: “A alegria de ensinar” nos faz refletir sobre a educação como um todo e principalmente sobre o papel do professor. Segundo o autor ao responder sobre qual é sua profissão o professor deveria dizer: “Sou pastor da alegria, pois ser mestre é isso. Ensinar felicidade.” Porém atualmente muitos professores encaram o ato de ensinar como uma obrigação e não um prazer. Assim como os alunos, que não tem alegria em irem para a escola, com exceção dos amigos, as experiências vividas no ambiente escolar não lhes traz nenhuma felicidade. Rubem Alves se refere ao absurdo do nosso sistema educacional, não somente pela falta de recursos, mas pelo o que as crianças e jovens são obrigadas a passar em nome da educação, para que no futuro se tornem usáveis e abusáveis a serviço da economia, de uma sociedade capitalista que não tolera a inutilidade. Infelizmente existem professores que podam os sonhos das crianças e jovens, os transformando em ferramentas, que de certo são úteis, mas incapazes de sonhar. Através de suas crônicas o autor nos faz pensar no saber sedimentado que é transmitido atualmente nas escolas e nas universidades onde se moldam as crianças e os jovens todos na mesma forma, ensinando-os tão bem que se tornam incapazes de pensar e fazer coisas diferentes. O autor usou e abusou de metáforas. Escreveu sobre príncipes, sapos, vacas e moedores, sobre Leonardo da Vinci e sobre a IBM. Tudo aparentemente tão diferente, mas tão igual. Utilizou variações para falar de um único tema: Os sonhos que vão se perdendo juntamente com o ato de ensinar com alegria. Rubem Alves afirma que: “Se os professores entrassem nos mundos que existem na distração dos alunos eles ensinariam melhor. Tornar-se-iam companheiros de sonho e invenção.” Já não somos capazes de sonhar como as crianças, que podem ser comparadas a borboletas aladas. As crianças têm um espaço