O amor na lírica camoniana
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
O amor na lírica camoniana
Comparação entre algumas formas como o amor aparece na obra lírica de Camões
Marina Gimenes Trez – Nª USP 7614891
Literatura Portuguesa I
Profª. Marlise Vaz Bridi
São Paulo, 12 de junho de 2012
Introdução
Este trabalho tem como objeto de estudo o tema do amor na poesia lírica de Camões. Sua obra, porém, é bastante extensa, não sendo possível analisá-la por completo. Portanto o trabalho contará com um recorte e ficará concentrado na análise de algumas poesias líricas de Camões a fim de fazer comparações entre as diferentes abordagens do tema pelo poeta.
Camões, um homem de letras em armas
Pouco se sabe da vida de Camões. Teria nascido por volta de 1525, provavelmente em Lisboa e provinha de uma família fidalga empobrecida. Apesar dos poucos recursos, adquiriu uma vasta formação cultural. Com muito talento fazia poemas glosando motes que lhe eram sugeridos.
Porém não só os poemas fizeram parte de sua vida: participou da luta contra os mouros no norte da África, onde, numa das batalhas, veio a perder a vista direita. Daí a imagem do poeta como um homem de letras em armas.
De volta a Portugal entrou na vida boêmia e acabou sendo preso: numa briga de rua acabou ferindo um oficial, o que o levou ao cárcere por um ano; só foi libertado após receber o perdão do oficial e do Rei. Após esse episódio, embarcou para a Índia, engajado no serviço militar ultramarino. Essa experiência foi de grande validade para escrever sua grande obra épica, Os Lusíadas.
Camões passou por muitos dissabores em sua vida, como um naufrágio na Indochina, em que conseguiu salvar os manuscritos de Os Lusíadas, mas acabou perdendo sua companheira chinesa, Dinamene. Mais tarde foi preso novamente, por irregularidades no exercício de sua função administrativa (havia sido nomeado “provedor-mor dos bens de defuntos e