lírica camoniana
PORTUGUÊS - 10º ANO
CAMÕES LÍRICO
• A lírica camoniana insere-se na chamada época clássica da literatura portuguesa (1526, regresso de Sá de Miranda da sua viagem a Itália – inícios do século XVI).
• Na lírica camoniana coexiste a poética tradicional e o estilo renascentista.
A. Poética Tradicional
Influência da poesia tradicional portuguesa nomeadamente da trovadoresca e palaciana. Temas
A menina que vai à fonte;
O cenário/ a natureza confidente;
A submissão amorosa;
A saudade e o sofrimento;
A dor e a mágoa; A partida;
O ambiente cortesão com as suas “cousas de folgar” e as futilidades;
A exaltação da beleza de uma mulher de condição servil, de olhos pretos e tez morena (a “Bárbara, escrava”);
A infelicidade presente e a felicidade passada.
A Medida Velha e as Redondilhas A redondilha menor (verso de cinco sílabas métricas ou pentassílabo) e a redondilha maior (verso de sete sílabas métricas ou heptassílabo) constituem a chamada medida velha, predominante na lírica tradicional portuguesa e assim designada a partir do século XVI. Às composições poéticas construídas com versos dessas medidas é costume chamar-se redondilhas. É possível dividir as redondilhas em dois grandes grupos, de acordo com a presença ou não de um mote (estrofe geralmente curta que introduz o assunto do poema e a partir da qual se desenvolvem as estrofes seguintes, chamadas voltas, e cujo conjunto se designa por glosa):
Composições sujeitas a mote (pensamento, do autor ou alheio, que irá depois ser desenvolvido nas glosas ou voltas, e a partir do qual se compõe um novo poema)
Vilancete: composição poética, essencialmente dedicada a temas amorosos ou bucólicos, constituída por um mote curto, de dois ou três versos em geral heptassilábicos, e uma glosa (estância formada por cabeça com quatro versos e cauda com três versos), de uma ou mais estrofes, normalmente sétimas.
Cantiga: composição