O aborto
O aborto é um tema polémico e que divide a sociedade. Cidadãos individuais, organização, comunidade científica, igreja… todos manifestam posições contrárias. Será que alguém tem razão? Quem? Ou será que todos tem razão na posição que defendem? Os argumentos são muitos, de um lado e do outro, e todos eles legítimos e plausíveis senão vejamos…
O direito à vida está consagrado nos direitos universais do homem. É, por isso, legítimo negar o aborto, tendo em conta esse direito fundamental. O aborto é uma interrupção da vida, logo quem defende este princípio é obviamente contra esta prática. É um argumento legítimo. Outro argumento é a responsabilidade do ser humano. Com a informação que existe a nível de métodos contraceptivos, e incompreensível que muita gente não tome as devidas precauções. O Homem deve ser responsabilizado pelos seus atos e assumi-los, logo, deve evitar o aborto, porque temos a questão da saúde e do bem-estar da gravida. Muitos são os casos de abortos mal sucedidos, com risco de vida para a mulher, que por vezes chega mesmo a morrer ou a não poder ter filhos no futuro. Logo, por todas estas razoes, deve-se evitar o aborto.
Contudo, há quem defenda a posição contrária. Os argumentos destes, tal como os que são contra o aborto, são aceitáveis e legítimos. O ser humano comete erros diariamente, erros esses que são corrigidos na maior parte dos casos. É certo que existem métodos contraceptivos, mas o ser humano, de forma errada, ignora-os por vezes. É óbvio que deve assumir as suas responsabilidades, mas é também inegável que deve ter uma nova oportunidade para corrigir o que fez de mal. É raro, mas pode acontecer. Será justo uma pessoa ter um filho (que é uma responsabilidade para toda a vida) ainda que tenha tomado as precauções devidas? A comunidade científica defende que o feto até às 12 semanas não constitui fonte de vida e de consciência própria. Logo, aqueles que são contra o aborto, invocando o direito à vida, têm o seu argumento