Nova consciência política através da redes sociais

Nova consciência política através da redes sociais

As constantes manifestações sociais ocorridas nas ruas, nos últimos dois meses, tem como papel a afirmação da cidadania; é a retomada de consciência da população acerca do exercício da cidadania. As mobilizações com o objetivo de reformas políticas, econômicas e sociais, levam ao desenvolvimento de uma nação participante e ativa no processo das decisões políticas e administrativas de um país. Até quando não alcançam seus objetivos pretendidos, as manifestações proporcionam um debate sobre a atual situação política na nação.
A “Passeata dos 100 mil”, em 1968, foi uma manifestação popular de protesto contra a ditadura militar, organizada pelo movimento estudantil e com a participação de artistas, intelectuais e setores da igreja; foi um “modelo” de luta pela redemocratização do país.
Em 1984, grandes comícios foram realizados no país pedindo a volta das eleições diretas para presidente, abolidas desde 1964.
Em 1992, denúncias de corrupção envolvendo o presidente Fernando Collor, medidas de seu governo levaram à recessão do país; e a população brasileira realizou passeatas em vários estados exigindo o impeachment do então presidente.
Tais manifestações foram indispensáveis para reforma política brasileira e resultaram no fortalecimento da democracia. Nas ruas o povo clamou por mudanças, mas diferente do ocorrido há algumas décadas, as atuais manifestações contam com novas tecnologias como instrumento de mobilização social: o fenômeno das redes sociais. Por meio destas, manifestantes expressam suas revoltas imune à repressão direta antes vividas nas ruas. As redes oferecem uma organização efetiva a quem quer aderir; a população percebeu que a internet como ferramenta política.
É relativamente fácil e rápido reunir milhares de pessoas em um local planejado para lutar por um objetivo comum. Porém, essa prática está sendo sabotada pela violência de grupos não identificados, que de forma truculenta e desordeira,