J. P. Sartre
Jean-Paul (1905-1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
Sartre era um intelectual engajado com os movimentos sociais na França. Era filiado ao Partido Comunista francês e apoiou a invasão comunista na Hungria feita pelo ditador soviético Stálin, o que foi criticado posteriormente por intelectuais liberais, segundo esses, atitude contraditória com os ideais de liberdade que o filósofo pregava.
"O Ser e o Nada" foi o seu principal trabalho filosófico, publicado em 1946, onde tenta caracterizar as estruturas fundamentais da existência humana descrevendo o choque entre a consciência e o mundo objetivo, de forma a destacar a característica que definia o ser humano, sua liberdade.
A partir de estudos sobre obras de Kierkegaard, Sartre elaborou sua própria ideia do existencialismo.
2. O Existencialismo de Sartre
O existencialismo sartriano procura explicar todos os aspectos da experiência humana. A maior parte deste projeto está sistematizada em seus dois grandes livros filosóficos: O ser e o nada e Crítica da razão dialética.
2.1 O Em-si
Segundo o existencialismo sartriano, o mundo é povoado de "Em-si". Podemos entender um Em-si como qualquer objeto existente no mundo e que não é nada além daquilo que é. Este modo de aparição do ser, que não é o único, é fundamentado em três características: o ser é, o ser é o que é, o ser é em-si. Estas três características poderíamos resumir dizendo que este ser é opaco a si mesmo, com absoluta plenitude de ser.
Podemos dizer que possuem o modo de ser do Em-si todos aqueles objetos , que não possuem consciência, que não se fundam na alteridade, na presença do outro. Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é.
2.2 O Para-si
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