E. MODERNIDADE E CRISE AMBIENTAL
Material Complementar - Aula 1 – Cláudia Barros Leal
Modernidade e Crise Ambiental
Antônio Leite Alves Radicchi
Alysson Feliciano Lemos
Já foi dito que há amplo consenso quanto a dois pontos centrais no que está sendo discutido aqui: o primeiro diz respeito à existência de uma crise ambiental geral. O segundo refere-se à precariedade e insuficiência dos instrumentos ticas heurísticos e políticas mobilizadas para entender-intervir- transformar a realidade ambiental.
São consensos importantes porque constituem pontos de partida para o encaminhamento de propostas de solução. Contudo, são apenas pontos de uma agenda na qual os conteúdos, determinações, desdobramentos e consequências são determinações, amplamente conflitantes e, em parte, desconhecidos.
Em que pese às muitas variantes e especificidades que as considerações sobre a questão ambiental assumem, também aqui é possível agrupá-las em dois agrupágrandes blocos, que reproduzem no campo ambiental a mesma clivagem que divide a interpretação sobre a realidade social, isto é, o ponto de vista neoliberal e o crítico.
No referente ao ambiente, a postura neoliberal entenderá a crise ambiental como resultado da insuficiente generalização do sistema de preços e das relações de mercado que, bloqueadas ou adulteradas por ações regulatórias artificiais, acabam por produzir distorções e externalidades roduzir negativas, justamente porque se bloquearam as atribuições de preços para todas as relações econômicas.
Assim, na medida em que toda e qualquer coisa tiver preço, expressão do livre jogo das forças de mercado, nessa medida a realidade ambiental ado, estará em condições de alcançar o equilíbrio, no sentido de que o mercado será capaz de atribuir preço para todas as externalidades, degradações, depredações, inibindo esses processos por seus s altos preços ou criando condições para a descoberta – desenvolvimento de elementos substitutos. Está