Sociedadederiscos

4108 palavras 17 páginas
A relação homem-natureza: da sociedade primitiva a sociedade de riscos
A natureza é o elemento fundamental para a vida do homem, é dela que ele retira alimentos, moradia e tudo o que precisa para sobreviver. Deste modo cria-se uma relação (necessária para o ser humano) entre homem e natureza. Contudo, a mesma ao decorrer da história da humanidade e de acordo com cada grupo social e suas devidas crenças ganha significados diferentes, fazendo com que essa relação homem-natureza também se modifique nessa perspectiva. No período antigo ou primitivo como coloca Clayson e Figueiredo, os homens pré-históricos utilizavam da natureza apenas o essencial para sua sobrevivência, através da caça, colheita, pesca e também usava as cavernas e as copas das árvores para se proteger do frio, chuva etc.. Prova disso está nas pinturas rupestres encontradas no fundo das cavernas que demonstravam a intensa relação do homem com a natureza, onde segundo Carvalho (2003) as sociedades primitivas não se viam como algo distinto do meio natural, para elas haviam apenas as diferenças físicas e individuais, onde estas definiam unicamente as tarefas que cada ser desempenharia. Nessa visão pode-se dizer que essa relação sociedade e ambiente no período antigo, onde o homem constituindo-se o principal componente da sociedade era um ser nômade, de modo que o mesmo via o meio ambiente (enquanto meio natural) como fonte de sua subsistência. Nessa concepção o homem é tido como ser natural que compõe a natureza para que se configure seu todo, ou seja, o era tido como ser que assim como os animais configurava a natureza, formando assim sua totalidade. Nesta época reinavam os mitos e a magia, de modo que se atribuíram poderes sobrenaturais a alguns homens, os mesmos chamados de sacerdotes. De acordo com a concepção de Carvalho (2003), com o homem “controlador” das forças naturais, neste caso os sacerdotes, os mesmos ganharam um grande poder social, e desta forma as diferenças passaram a não ser

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