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,1752'8d2A partir do contexto da modernidade, com sua racionalidade exacerbada e com a construção dos modos de produção capitalista que resultaram em uma sociedade do lucro e do consumo desenfreados, pretende-se apresentar neste artigo elementos para reflexão sobre as relações entre o homem e a natureza hoje, buscando alternativas para esta realidade que, se a humanidade não mudar seu rumo, prenuncia a catástrofe planetária e a auto-destruição.
A racionalidade instrumental, típica da modernidade, que tem como fundamento a ética do ter, apresenta sinais de exaustão à medida que as conseqüências desta mesma modernidade vislumbram um horizonte de insustentabilidade e colapso. Muitos pensadores analisam esta realidade e apresentam alternativas, entre eles Leff que, partindo da compreensão da complexidade da realidade, propõe uma nova racionalidade nestas relações do homem com a natureza.
A proposta de Leff pode ser considerada uma alternativa para a humanidade, mas exige uma análise mais aprofundada da natureza humana, da formação dos valores e da ética.
Como convencer o homem de que o paradigma predominante da modernidade levará ao colapso da natureza e, conseqüentemente, da própria humanidade, se o seu modo de vida atual está tão profundamente arraigado nos modos de produção capitalista, em detrimento de quaisquer outros parâmetros?
Diante deste questionamento, buscou-se levantar alguns conceitos e reflexões que possibilitem uma melhor compreensão dos pressupostos básicos desta intrincada relação do ser humano consigo mesmo, com o outro e, especialmente, com o meio ambiente no qual está imerso, do qual faz parte e o qual é preciso, hoje, proteger para não perder completamente, cuidar para não destruir as possibilidades de vida não apenas humana.
A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo desenvolveu-se a partir da discussão entre os seus autores, problematizando algumas questões que hoje se apresentam como características da