Confiança e Medo na Cidade - Zygmunt Bauman
Causas:
“(...) vivemos, sem duvida (...) nalgumas das sociedades mais seguras que já mais existiram.” p.9
“(...) nós, criados com delicadeza e panos de veludo, que nos sentimos muito mais ameaçados, inseguros e assustados (...)” p.9
“Foi também a Europa que primeiro teve de enfrentar as consequências imprevisíveis e, regra geral, nocivas que toda a evolução traz consigo” p. 12
Deste modo podemos perceber que a Europa, dado ser a pioneira na evolução nas mais diversas vertentes e ao facto de ser um pais cujos habitantes possuem maior riqueza, conduz à criação de maior receio e insegurança relativamente ao que nos é alheio. Apesar de existir mais insegurança real fora da Europa, do facto de aí haver maior indícios de guerra e criminalidade, são os europeu que têm mais a perder, o que leva ao receio da perda de bens.
“Trata-se de uma história em que tem de haver sempre um “mau”.” p.12
“(...) o medo de ficar para trás.” p.13
“(...) a presença de estrangeiros no nosso campo de acção continua a produzir incomodidade, uma vez que complicam em grande medida a tarefa que consiste em prevermos os efeitos das nossas acções e as suas probabilidades de êxito ou de fracasso. “ p.34
O indivíduo contemporâneo ao afirmar a sua individualidade em oposição à comunidade irá fragilizar os seus vínculos sociais. Ao desconhecermos o nosso semelhante, leva-nos a desconfiar das suas intenções (tem de haver sempre um mau).
“ O desempregado de hoje, (...) não pertence a qualquer grupo social legitimo, indivíduos situados à margem de qualquer classe” p.20
Os cidadãos que não possuem qualquer tipo de função na sociedade, acabam por se tornar obsoletos, desnecessários ou até mesmo excluídos, pois não contribuem para o desenvolvimento da comunidade.
“Quanto mais nos separamos do nosso meio circundante, mais dependemos da sua vigilância (...)” Gumper e Drucker p.21
Quando procuramos segurança fazemos isso