Resenha sobre o segundo capítulo do livro confiança e medo na cidade de zygmut bauman

Resenha sobre o segundo capítulo do livro CONFIANÇA E MEDO NA CIDADE de Zygmut Bauman No seu segundo capítulo, Zygmunt Bauman discorre sobre a forma que reagimos ao medo e à incerteza na vida urbana e as suas repercussões tanto no espaço quanto no modo de vida dos cidadãos. Zygmunt afirma que, pelo fato de nossas perspectivas de vida estarem baseadas em fundamentos instáveis, como “a posição que ocupamos na sociedade mais ampla,assim como a auto-estima e a confiança em nossas capacidades,que derivam dessa posição”, vivemos sobre constante tensão pelo medo de perdermos nosso status social. Bauman conclui então que por sermos incapazes de controlar o ritmo frenético da sociedade, mudamos nossas atenções para riscos menores como a obesidade, o fast food, o sexo sem proteção ou o medo de criminosos estrangeiros, mas ainda sentindo uma sensação de medo de perdermos nosso status social. O autor alerta que esse medo, canalizado em questões secundárias, vem sendo usado como forma de obter lucros pelas companhias, como é o caso do crescimento da procura pelas gated communities, comunidades fechadas com alto grau de vigilância. O problema é que essas atitudes apenas reforçam a sensação de caos na sociedade. Além disso, por representar uma demanda da sociedade, que pode ser convertida em capital, torna-se mais difícil diminuir a intensidade pela qual os bens são designados para passar uma sensação de segurança. Por esse motivo, no livro, é chamada a atenção para o fato de que a realidade urbana, assim como a rural, não pode ser analisada sem analisar o planeta como um todo.. Segundo ele, ambas são campos onde forças maiores que elas mesmas atuam alterando-as. Essas forças, difíceis de compreender e, mais ainda, de controlar, são definidas pelo mercado global. Esse mercado global, beneficiado pela globalização, tem tornado o campo mais tecnológico, diminuindo a necessidade de mão-de-obra e aumentando a produção, enriquecendo os