A África na sala de aula
Nascida em São Paulo Leila Maria Gonçalves Hernandez se formou em Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela PUC-SP, é mestre em ciências pela Universidade de São Paulo. Em 1993 concluiu o Doutorado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. É pesquisadora e professora da graduação e pós-graduação. Trabalha com questões africanas, entre suas obras estão: Os filhos da Terra do sol: formação do estado-nação em Cabo Verde, Memória e História: Administração para o desenvolvimento e a África na sala de aula: visita à história contemporânea. O capítulo 1 do livro: A África na sala de aula fala sobre o preconceito e as prenoções sobre a África, destacando as tradições orais presentes na cultura africana. Aponta também para uma África preconizada por razões raciais, que acabam, por sua vez camuflando um continente com uma vasta diversidade cultural, com um grande valor para a História e segundo a lei nº 10.639/03 o ensino da cultura africana se torna obrigatório no currículo escolar, e para tal se torna imprescindível conhecer a verdadeira História da África.
A África ao longo dos séculos é vista de forma muito errada pela sociedade, ela é vista como um continente com população unicamente negra que passa fome, um povo sofrido, miserável e com muitas doenças. O africano sempre foi visto como um povo inferiorizado e incapaz um povo totalmente primitivo.
Dividido em duas partes, a África possui para a sociedade, duas realidades distintas: a África branca, mais desenvolvida e com traços ocidentais e a África negra,o lado de um povo miserável, de “selvages”. Esse estereótipo equivocado demonstra o quanto a África é preconizada mesmo depois de tantos anos. A verdade sobre esse continente poucos conhecem e poucos se interessam em conhecer: um continente com pessoas bonitas, saudáveis, um povo vaidoso com roupas coloridas, com muitas tradições, um povo sofrido sim não se pode negar, mas também um povo alegre que possui