A Visão Econômica da Publicidade
Introdução
Apesar de aparentemente desconcertados, a publicidade desperta discussões econômicas. Há tempos existe um debate entre os economistas sobre sua influência no mercado geral, ou seja, será que ela é boa ou ruim pra economia?
Alguns princípios da economia:
Antes de mais nada, é importante ressaltar que a análise a ser feita é muito mais microeconômica, do que propriamente econômica, e é também importante apresentar alguns conceitos econômicos. Primeiramente: "as pessoas reagem a incentivos" (MANKIW, 2010, p.7). Esse é um dos princípios da economia e, no caso, a publicidade é considerada um desses incentivos. No entanto, esse conceito é muito subjetivo e não é possível calcular precisamente o quanto a publicidade afeta os consumidores. "As pessoas racionais pesam na margem" (MANKIW, 2010, p.6): outro princípio da economia. Por exemplo: um aluno de faculdade recebe um trabalho chamado Reflecon no primeiro dia de aula, a ser entregue no último; ele não vai usar todos os dias de aula (um semestre) para fazer esse trabalho, e tampouco vai deixar de fazer. O estudante não toma decisões extremas, ele toma decisões à margem desses extremos. Ele provavelmente vai escolher um número de dias para fazer e vai ficar em dúvida entre um dia a mais ou a menos, e nos outros dias vai fazer outras coisas. Esse princípio ilustra a idéia de que as pessoas pesam na balança os benefícios marginais e os custos marginais: uma relação de custo e benefício. Em economia, esses termos normalmente são: a satisfação de comprar algo e os custo financeiro desta compra; e a esse "pesar na balança" se diz: alocar melhor os recursos. "O custo de alguma coisa é de que você desiste para obtê-la" (MANKIW, 2010, p.5). Mais um princípio, e este é considerável para entender exatamente o que um economista entende por lucro. Para eles, existe um lucro mínimo para que uma pessoa se torne um produtor: um dono de fábrica, por exemplo. Esta pessoa