A vis o dos homens sobre as mulheres no trabalho
A ocupação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro reflete, ao longo de décadas, um cenário cujo crescimento hierárquico e a melhoria na condição de salário das mesmas tornaram-se um fato. Apesar de reduzida, a participação feminina no ambiente organizacional avançou nos últimos anos, superando obstáculos como a desigualdade salarial.
Segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012), em 2012 os homens receberam, em média, R$ 2.126,67, e as mulheres, R$ 1.697,30, onde de fato se constata uma diferença de salário entre os sexos, no entanto, quando estes salários foram comparados aos oferecidos em 2011, é possível observar que o salário das mulheres teve um aumento real superior ao dos homens: de 2,4% contra 2%. Este crescimento foi de 3,89% ante ao aumento de 1,46%. Esta foi a primeira vez que o aumento de salário de tornou maior para as mulheres.
Apesar da citação acima, as mulheres ainda enfrentam desigualdade salarial em relação aos homens, quando exercem o mesmo cargo com as mesmas funções:
É muito freqüente a idéia de que os custos da mão-de-obra feminina são superiores aos custos da mão-de-obra masculina, apesar de as remunerações das mulheres serem em média bastante inferiores às dos homens. Essa idéia constitui uma importante barreira para as possibilidades de acesso das mulheres a mais e melhores empregos. Acredita-se que é mais caro empregar uma mulher devido aos custos indiretos associados à sua contratação, em particular aos dispositivos legais de proteção à maternidade e ao cuidado infantil. (ABRAMO; 2005, p.22).
Segundo este raciocínio desta citação, os menores salários das mulheres em comparação com os dos homens se justificariam pela necessidade das empresas de compensar custos supostamente mais elevados em relação à maternidade.
Em contradição a esta realidade organizacional anteriormente exposta, a participação feminina em cargos de prestígio avançou nos últimos anos, embora isso tenha ocorrido