A Técnica em Heidegger
Martin Heidegger
1953
Aluno: Douglas Finger
RA: 00161
in: HEIDEGGER, M. Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. 8a ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
INTRODUCAO
Realizarei neste trabalho um pequeno resumo das questões que são abordadas por Heidegger em seu texto a respeito da “técnica”. Utilizarei apenas desta tradução acima referida, não fazendo menção em nenhum momento do texto original. Portanto minha análise será baseada única e exclusivamente nesta tradução para o português. Dado o contexto, me limitarei a tentar alcançar aquilo que me é disponível e possível. Ou seja, não tenho pretensões de questionar a qualidade do texto, mas ao contrario, pretendo realizar uma reflexão em cima daquilo que tenho á disposição.
DESENVOLVIMENTO
Heidegger inicia o texto dizendo: “a seguir questionaremos a técnica”. Isto já nos dá um grande resumo da forma com que Heidegger desenvolve seu pensamento, ou seja, qual a sua técnica de abordar os temas: questionando. A essência de um filosofo, para o autor, é a de ser - dentre outras coisas - capaz de questionar. Nada alem disso nos é permitido realizar diante de uma questão que nos é colocada. Não há nenhuma outra forma com que a “coisa” apareça para o nosso pensamento, a não ser quando questionada. Este é seu método e esta é a sua técnica. Mas, enfim, o que é esta técnica? Questionar é construir um caminho. Este caminho é um caminho do pensamento. Todo pensamento passa, necessariamente, mesmo que ás vezes de forma imperceptível, pela linguagem. Ora, questionar parece nos abrir à essência da técnica. Porém a técnica e a essência da técnica não são a mesma coisa. A essência da técnica nada tem de técnico.
Em poucas palavras, a essência da técnica é aquilo que ela é. Por exemplo: técnica é meio para um fim; ou, técnica é uma atividade do homem. A técnica como concebida hoje é um instrumento. Portanto, em sua concepção corrente, é entendida como uma