A temática da surdez em seu aspecto médico, cultural e social, e sobre Libras e a Cultura Surda em seus aspectos
Cultura Surda em seus aspectos
Ao estudar a história da educação dos surdos foi constatado duas concepções para a surdez, sendo ela a concepção clínico-patológica e a socioantropatológica. Dentro dessas concepções a surdez é vista como deficiência, e como todo aquele que tem alguma deficiência necessita de cuidados especiais, o surdo é tratado através da introdução de um aparelho de amplificação sonora individual ou faz-se um implante coclear, após esse procedimento começa um treinamento auditivo intensivo. Segundo Pereira (2011,pag.21) se conseguisse aproveitar os restos auditivos dos surdos os conduzindo para uma fala melhor, os separariam dos grupos dos deficientes. A linguagem oral para os deficientes auditivos é indispensável, pois seria ela a grande responsável pelo desenvolvimento cognitivo, social, afetivo-emocional e linguístico do surdo. Abordando agora a concepção socioantropológica o surdo se insere a uma comunidade minoritária, na qual usufrui do direito a língua e suas próprias culturas. Através dessas comunidades os surdos se interagem rotinamente, resultando no melhor desenvolvimento linguístico e também em seu processo cognitivo, isso é possível através da língua de sinais, ela é capaz de aniquilar a deficiência linguística, causada pela consequência da surdez. A língua de sinais formalizou essa comunidade linguística minoritária diferente, isso deu ao surdo uma grande expectativa de vida. A construção da identidade de um surdo tem sido longa e complexa, atualmente eles conseguiram o favorecimento da lei que incluiu a língua brasileira de sinais como direito dos surdos brasileiros. Mas vale ressaltar que no passado sofreram preconceitos dos quais os fizeram sentir inúteis, por exemplo, as crianças surdas filhas de pais ouvintes, sofriam com discriminação, pois a grande maioria dos pais não matriculavam estas crianças em escolas para surdos (para que fossem