A surdez e as filosofias educacionais da educação dos surdos
FACULDADE DE LETRAS
GIULIANE DOS SANTOS DE SOUZA
LIBRAS: LÍNGUA, IDENTIDADE E CULTURA – A SURDEZ E AS FILOSOFIAS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS
NITERÓI
1º SEMESTRE/2011
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"Somos notavelmente ignorantes a respeito da surdez, muito mais ignorantes do que um homem instruído teria sido em 1886 ou 1786. Ignorantes e indiferentes (...). Eu nada sabia a respeito da situação dos surdos, nem imaginava que ela pudesse lançar luz sobre tantos domínios, sobretudo o domínio da língua. Fiquei pasmo com o que aprendi sobre a história das pessoas surdas e os extraordinários desafios (lingüísticos) que elas enfrentam, e pasmo também ao tomar conhecimento de uma língua completamente visual, a língua de sinais, diferente em modo de minha própria língua, a falada. (...)”.
(Oliver Sacks)
LIBRAS: LINGUA, IDENTIDADE E CULTURA – A SURDEZ E AS FILOSOFIAS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS.
Giuliane dos Santos de Souza* 1. SURDEZ
Surdez é o nome dado à impossibilidade e dificuldade de ouvir, podendo ter como causa vários fatores que podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. A deficiência auditiva pode variar de um grau leve a profunda¹, ou seja, a criança pode não ouvir apenas os sons mais fracos ou até mesmo não ouvir som algum. Existem várias conceituações sobre o termo surdez. Ele passa pelo senso comum como uma simples incapacidade de ouvir e até o reconhecimento de que é um conceito muito mais amplo. Segundo Meireles, (2006, p.2):
[...] a surdez está diretamente ligada a condição que o indivíduo possui de ser ou não funcional na sociedade em que vive. [...] Com base nestas concepções, durante muito tempo, os surdos foram vistos e educados como sujeitos que deveriam buscar ao máximo, se aproximarem do modelo de perfeição ouvinte².
A surdez, e a conseqüente mudez, eram confundidas