A sociologia da Religião
Antonio Durval Campelo Barauna
O que é religião?
Para Weber é impossível definir o que é religião. Quando muito, diz ele, tal definição poderia aparecer no final do estudo que desenvolve na sua “Sociologia das Religiões”, segundo afirma no inicio da obra. Weber não tem a pretensão de tratar da “essência” da religião, mas sim das condições e dos efeitos de um determinado tipo de comportamento comunitário, que para ele só se consegue compreender a partir das experiências subjetivas, das concepções e das formalidades dos indivíduos, ou seja, a partir do “sentido” uma vez que tal comportamento reveste formas extremamente diversas.
O procedimento que obedece a motivações religiosas ou mágicas é, na sua forma primitiva, voltado para este mundo. Esse procedimento é, na sua forma primitiva, um comportamento relativamente racional: mesmo que não seja uma maneira de agir consoante meios e fins, obedece a regras ditadas pela experiência.
Para Weber, as concepções religiosas são cruciais e originárias das sociedades humanas, pois o homem, como tal, sempre esteve à procura de sentido e de significado para a sua existência; não simplesmente de ajustamento emocional, mas de segurança cognitiva ao enfrentar problemas de sofrimento e morte. Procura-se na religião signos de transcendência e de esperança. Assim, Weber preocupa-se em destacar a integração racional dos sistemas religiosos mundiais e não apenas o calvinista (objeto especial dos seus estudos), como resposta aos problemas básicos da condição humana: “contingência, impotência e escassez”.
Qual a Função da Religião?
Weber argumenta que a unicidade de qualquer realidade histórica é fruto de um conjunto de ações de indivíduos guiados por intenções e motivações subjetivas. O interesse de Weber pela religião não se explica assim por uma preocupação ou curiosidade específica pelo fenômeno de per se. A religião interessa a Weber na medida em que ela é capaz de formar atitudes e