Sociologia e religião
Enquanto Marx considera a religião uma ilusão, projeção terrena para o plano transcendental; Durkheim propõe que ela exprime um conjunto de idéias, a qual, de modo geral, eleva a condição existencial dos indivíduos. Além disso, Marx traz para a discussão desse estudo, o determinismo econômico em relação à religiosidade – o modo como o homem satisfaz as suas necessidade materiais reflete determinantemente no jeito dele lidar com a sua questão espiritual. Weber é contrário a essa visão, para ele, nem sempre a estrutura econômica vai repercutir decisivamente nas concepções e valores do indivíduo. O inverso é possível, as representações sociais podem ter papel fundamental nas escolhas matérias do homem.
As principais idéias desses autores são apresentadas a seguir.
Emile Durkheim estudou a religião de maneira profunda e sistemática, explicando os fenômenos religiosos a partir de fatores sociais e não divinos. No início do século XX, propõe uma nova compreensão da religião, definindo-a como "uma coisa eminentemente social", produto - e, mais importante, produtora - da sociedade; “uma religião é um sistema solidário de crenças e de práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, proibidas, crenças e práticas que reúnem numa mesma comunidade moral, chamada igreja, todos aqueles que a elas aderem.” (Durkheim, 1996, p. 32).
Todavia, a religião não representa a sociedade como ela é (real, concreta), mas sim de um modo ideal. Isso pode ser de certa forma vislumbrado no judaísmo e no islamismo, pois são religiões que não se atém a uma geografia, nem mesmo a uma cultura regional, e sim a uma cultura religiosa (no caso do judaísmo ainda pesa o fator descendência).
A teoria de Durkheim difere da de Marx porque não crê que a religião se limite a traduzir, em outra linguagem, "as formas