A Revolução (Pelo Poder)
Algo que faz a cabeça dos bichos e de quem acompanha
Inúmeros métodos político-econômicos procuram sempre mais qualidade de vida para todos. São modelos que afetam muitas pessoas, porém poucas os questionam. No início do século XX, as teorias marxistas procuram ser instaladas em um país atrasado em relação aos demais do seu continente, todavia, a teoria do comunismo cai por terra. Ao invés de tentar mudar novamente, a Rússia é transformada em URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e o objetivo de uma nação igualitária torna-se uma ditadura. Nessa linha, George Orwell adapta o universo humano em sátira utilizando animais: assim ocorre (em) A Revolução dos Bichos. O escritor nos leva a uma fábula com objetivos claros: criticar a Revolução Russa e o seu desenrolar dali em diante. De forma lúdica e concisa, apre(e)ndemos o que ele quer que entendamos a partir de sua obra. Isso se justifica porque através dela, Orwell cria um elenco relacionado aos principais personagens daquele momento vivido:
Napoleão
Josef Stálin
Bola-de-neve
Leon Trotski
Garganta
Mikhail Kalinin
Major
Vladimir Lênin Vemos isso claramente utilizando o posfácio do texto. Há ainda a relação direta de Mikhail Kalinin a Josef Stálin, sendo seu braço direito, assim como Napoleão e Garganta; e a morte do Major no início da estória, como ocorreu a Lênin. Partindo daí, enxergamos melhor o papel de cada um na revolução e a importância da obra. Remetendo a ideia após o término da evolução de bichos sem nenhuma alteração benéfica em relação ao inicial, URSS e Granja dos Bichos se paralelizam e passam a viver uma ditadura, completamente contrária às ideias iniciais. Os bichos voltam a trabalhar muito e comer cada vez menos; as terras da URSS ao invés de pertencerem ao povo, viram estatais e os altos burocratas do Partido Comunista mantêm muitos privilégios.
Um ponto primordial no texto de Orwell é seu caráter sempre atual. Por exemplo: o personagem Sansão,