Análise do filme a revolução dos bichos e do texto poder, cultura e ética nas organizações
A Revolução dos bichos
Ano: 1999
Direção: John Stephenson
Textos analisados
SROUR, RH. Poder, cultura e ética nas Organizações. Rio de Janeiro: Campus; 1998. O poder nas organizações; p.162-197.
Análise do filme a partir dos textos
O filme “A Revolução dos bichos” é baseado na obra de George Orwell de mesmo título. Nele se apresenta uma dura crítica aos regimes totalitários, em que ocorre uma revolução dos animais da Fazenda do Solar, que mais tarde se chamará Fazenda Animal.
Essa revolução é idealizada pelo velho major, o porco mais velho da fazenda. Cansado com a situação vivida de tortura e fome dos animais, em que o único beneficiado era apenas o dono da fazenda, sistema típico do capitalismo. Após a revolução, liderada pelos porcos, foram traçadas algumas regras, como por exemplo: “Quem anda sobre duas pernas é inimigo” e se estabeleceu o socialismo, em que todos os animais trabalhavam e eram recompensados igualmente.
O autor Robert Henry Srour trata o trabalho como “uma faculdade quase exclusivamente humana. (...) Porque estudos etológicos e laboratoriais indicam que alguns mamíferos superiores possuem a aptidão de utilizar ferramentas e de resolver problemas.” (SROUR, 1998. pag.163). Ainda segundo o autor, vem se analisando e observando cada vez mais a inteligência animal, o modo que eles aprendem a trabalhar e cooperar de forma a se atingir um objetivo, um resultado. “A ação coordenada e simultânea de vários agentes produz sinergia” (SROUR, 1998. pág. 167). O trabalho é um processo de transformação operada por um indivíduo ou vários e deve-se dar lucro, ou seja, receber mais do que se gasta para fazê-lo. O trabalhador recebe uma recompensa, mas o lucro vai para o patrão. Assim, foi visto no filme, os animais realizam o trabalho pesado e os porcos, por serem mais inteligentes e saberem ler, ficariam responsáveis pela organização da comunidade, de forma a estabelecer regras para que fosse obedecida essa igualdade no início