A República e o Mito

A República de Platão do Mito a realidade

A República de Platão é sem dúvida umas das obras filosóficas de maior relevância para a discussão e compreensão a cerca da sociedade. Um espaço específico, formado por intelectuais onde cada qual dos demais ocuparia seu devido lugar, seja ele artesão, pintor, ou qualquer outra profissão digna de reconhecimento. Pautada pela educação sendo a base de todo aquele que dela fizesse parte. O centro da discussão se dá,
Uma República onde os poetas não são bem vistos pois, usam da persuasão e da retórica para convencer de suas verdades, que por certo só existem em seus imaginários. É este itinerário que se pretende percorrer neste texto, analisando sua estrutura a luz de seu idealizador, permeando referências com os paradigmas da organização social atual, para se perceber os movimentos de transformações pelos quais a sociedade é levada a progredir ou simplesmente regredir em barbáries que até então seriam inconcebíveis a condição humana.
1- A Ideia de República e sua organização Logo no início do texto, encontrasse Sócrates e seus companheiros indo ter com um velho sacerdote, que se encontra oferecendo um sacrifico aos deuses, como retribuição ou agradecimento pelo seu auxílio. Bem se sabe que os gregos eram politeístas e sua organização social estava pautada a cerca da vontade dos deuses do Olímpo, monte cuja crença, seria a morada dos deuses.
Ao se depararem com o sacerdote, Sócrates trava uma discussão a cerca da necessidade de se oferecer sacrifícios aos deuses em expiação de alguma falha cometida, pois, estes, os deuses, não poderiam se zangar, do contrário quem padeceria seria o povo. A discussão atrelada a este verdade constituída em que a observância dos preceitos ditados pelos deuses regesse a vida cotidiana da “polis” ou cidade, deixa Sócrates intrigado, pois, acredita se assim pode se dizer, no potencial que reside no ser humano de poder organizar-se para viver em sociedade a partir de sua própria