Mito da caverna - a república, livro vii, i-v.

857 palavras 4 páginas
“O mito da caverna”. A República, livro VII, I-V.

No que diz respeito ao aspecto epistemológico do Mito da Caverna podemos destacar que a caverna é o mundo sensível, que tem por base a opinião do senso comum, e o que está fora dela é o mundo inteligível, onde estão as ideias verdadeiras e perfeitas. Nota-se que a caverna é um lugar escuro e que os que estão presos dentro dela vêem apenas sombras da realidade exterior. Como nunca tiveram contato com o mundo exterior, acreditam que as sombras são verdadeiras e passam a dialogar com elas. O mundo sensível, representado na alegoria pela caverna, é o lugar da ignorância e o que os prisioneiros veem na parede da caverna não é a realidade, mas apenas uma imagem da imagem. Aquele que está no mundo sensível não consegue contemplar a verdade porque está preso nas crenças e opiniões de outras pessoas. Existe uma linha divisória entre o mundo sensível e o mundo inteligível, que na alegoria é representada pelo muro. Aquele prisioneiro que é forçado a sair da caverna terá que levantar-se imediatamente, volver o pescoço, caminhar, subir e depois atravessar este muro. Este processo de ascensão ao mundo exterior está intimamente ligado ao sofrimento. O sofrimento é comum a quem sai das trevas da caverna, ou seja, da ignorância, e vai para a luz, alcançar o conhecimento verdadeiro. Este sofrimento continua após a ascensão ao mundo fora da caverna. Aquele que antes era prisioneiro tem seus olhos ofuscados pela luz do sol e não consegue distinguir os objetos cuja sombra enxergava há pouco. Isso despertará nele o desejo de voltar à caverna, pois a luz é algo muito forte. Assim também acontece quando se sai da ignorância do mundo sensível e se alcança o mundo inteligível. As ideias perfeitas são muito fortes e o primeiro contato com elas nos deixa embaraçados e desperta em nós o desejo de voltar às antigas opiniões, às trevas da ignorância. Se alguém lhe disser que o que via antes na caverna

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