Resenha de "A República"
A REPÚBLICA
Trabalho apresentado à disciplina História da Filosofia Grega II no segundo semestre de 2013.
2014
Todas as crenças, todos os medos, todos os anseios, esperanças e até uma série de preconceitos presentes no ocidente moderno já figuravam nas páginas deste que foi um dos mais ilustres atenienses de todos os tempos: o filósofo Arístocles – mais conhecido como Platão. Se ele anteviu, sistematizou ou realmente ditou tais ideias para a formação do pensamento ocidental, não sabemos. Mas os ecos de seu pensamento estão em toda parte e suas máximas se vêm amalgamadas até no ar que repiramos. Autor de diversas e importantes obras,deixou sua marca na história do pensamento humano, sendo lido, relido, amado ou repelido pelos mais brilhantes pensadores de todos os tempos.
O que viso a realizar neste texto é uma curta exposição sobre uma de suas mais importantes obras: A República1. Escrita já em sua velhice, a obra traz como mote a discussão sobre a justiça, a injustiça, sobre o justo e o injusto, tendo como objetivo maior convencer a todos de que os benefícios superficiais da injustiça não são sequer comparáveis aos verdadeiros benefícios da justiça e do ser justo. Realizada em forma de diálogo, a obra apresenta uma longa conversa entre Sócrates, Polemarco, Trasímaco –defensor caricatural da injustiça -, Adimanto e Glauco, ambos irmãos de Platão. Dividida em dez livros, a obra se constrói através da formulação de uma cidade ideal, dentro do pensamento do filósofo grego. Não se resumindo a isso, ainda apresenta ou reitera importantes contribuições conceituais do pensamento platônico como a tripartição da alma humana, a diferenciação entre figuras e formas, o princípio da anulação, e os relevantes mitos da Caverna e de Ér.
Os livros I, II e III trazem, além da introdução dos personagens e do assunto que percorrerá toda a obra, reflexões sobre a fundação da república “justa” de