A crítica de platão aos poetas: uma revisão bibliográfica
A CRÍTICA DE PLATÃO AOS POETAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Allan Postal Andrei Pedro Vanin Douglas Schaitel Fernando Falkoski 1
RESUMO O presente artigo visa ressaltar alguns aspectos da crítica que Platão faz aos poetas, sobretudo no livro “A República”, em especial nos capítulos II, III, e X. Através de um levantamento bibliográfico, contatou-se que há diferentes pontos de vistas no que tange a essa crítica. Deste modo, procurou-se entender através de comentadores, as razões pelas quais Platão rejeita tais poetas e fábulas, já que eram a forma comum de ensino da época na pólis grega. Procurou-se trabalhar com dois aspectos principais da crítica, a formação do cidadão e da imitação (mímesis). Assim, tenta-se demonstrar a importância que os poetas tiveram para o nascer da Filosofia e o “prejuízo” que seus escritos teriam na cidade e na formação dos cidadãos, uma vez que se baseavam em relatos falsos e comoventes.
Palavras-chave: Poesia. A República. Educação. Moralidade. Imitação.
1 INTRODUÇÃO Sabe-se que a filosofia surge na Grécia antiga impulsionada pelo mito. Com Homero e Hesíodo, o mito antes narrado passa agora a ser escrito. A escrita limita sistematiza o que antes era narrado sem limites. Essa sistematização impulsiona o nascimento do discurso racional, pois ao escrever o autor desenvolve um tema. Soares 2 ressalta que “[...] é impossível pensar o surgimento da filosofia na Grécia sem a linguagem escrita, sem os poetas escritores, sem a literatura, sem a crítica literária.” Os textos escritos por Homero e Hesíodo eram a base da educação dos jovens atenienses, visto que foram os primeiros textos escritos. A filosofia ainda procurava seu objeto de estudo. Os primeiros filósofos foram denominados pré-socráticos, eles tinham como
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Acadêmicos do segundo semestre do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus de Erechim-RS. E-mails: allan.postal@hotmail.com; andrei_vanin@yahoo.com.br;