Relações internacionais
Intitulado "Segurança Económica para um Mundo Melhor", o estudo tenta pela primeira vez "medir a segurança social e económica" dos indivíduos e da economia de 90 países que representam mais de 85 por cento da população mundial.
Segundo o relatório, mais de três quartos de todos os trabalhadores vivem hoje num clima de "grande insegurança económica", o que cria "um mundo de ansiedade e rancor".
O relatório argumenta que a segurança económica - a par de democracia e segurança social - são cruciais para a "promoção do bem-estar, da felicidade e tolerância", beneficiando ainda o crescimento e a estabilidade social.
Ainda assim, refere o estudo, apenas oito por cento da população mundial vive em países que têm "uma segurança económica favorável".
"Se não conseguirmos trazer mais igualdade às nossas sociedades e tornar a economia global mais inclusiva, muito poucos terão segurança económica ou trabalho decente", argumenta o director-geral da OIT, Juan Somavia.
Baseando-se em dados estatísticos e documentais e em sondagens a mais de 50 mil trabalhadores em dez mil locais de trabalho em todo o mundo, o estudo estabelece um "ranking" de "segurança económica" para 90 países, definido com base em sete outros valores, que medem aspectos como salário, emprego, qualificações e representatividade.
O estudo estabelece uma relação entre o nível de segurança económica e os índices de satisfação e felicidade, medidos em várias sondagens a nível nacional, indicando que "o nível salarial não é o principal determinante" do bem-estar dos trabalhadores.
"Os aumentos nos rendimentos parecem ter, aliás, pouco efeito na felicidade das populações, como se evidencia nos países ricos e que se tornam cada vez mais ricos", explica o estudo.
"Mais do que o valor dos rendimentos, o aspecto essencial é a segurança desses rendimentos, medidos em termos de