A religião

É difícil apresentar objetivamente a posição de cada religião em relação às outras formas de crer. Principalmente porque a prática e a realidade nem sempre refletem o que a teoria e a doutrina ensina. Depende-se também das interpretações que são feitas sobre os textos que possibilitam diálogo, tolerância e respeito. Escolhemos as três grandes tradições monoteístas do mundo e apresentamos os aspectos de abertura ao diálogo que cada possibilita. Evidente que há outras leituras dessas afirmações e muitos hão de discordar dessa tentativa de aproximação entre aqueles que professam a fé abrãamica, entretanto, não custa salientar mais o que as une, do que as diferencia. A utopia da convivência pacífica entre os povos não pode dispensar as oportunidades, ainda que pequenas e não praticadas, de um encontro respeitoso e dialógico entre essas tradições religiosas
Não é possível pensar que a ciência seja a única forma de acesso ao conhecimento. Passou o tempo do cientificismo que sustentava que a ciência seria capaz de explicar tudo e, portanto, eliminar a religião. O universo é por demais vasto e complexo para esgotar a pesquisa científica. Avança o conhecimento, mas não diminui a complexidade do que ignoramos. Entre as luzes que descobrimos, percebemos muitas sombras que nos cercam. Basta explorar a astronomia e descobrir a imensa possibilidade da existência de galáxias por nós desconhecidas.
Para os cientistas da religião, as tradições religiosas são meios sistematizados criados pelos humanos para vivenciar o sagrado. Trata-se de um modo de explicar o mundo e de habitá-lo. Enquanto linguagem, a religião é totalmente diferente da linguagem científica, apesar de ambas pretenderem dissertar sobre as diferentes dimensões do universo humano.
“Portanto, a ciência, por suas análises, não nos deve perturbar quanto à fé. Ao contrário, deve nos ajudar a melhor conhecer, compreender e apreciar Deus. Eu, de minha parte, estou convencido de que não há alimento natural mais vigoroso