religião
Posta a questão dessa maneira, temos duas respostas possíveis: ou a filosofia apresenta provas de que a religião é verdadeira, ou a filosofia apresenta provas de que a religião não é verdadeira. Se for o primeiro caso, dizemos que há entre ambas cooperação; se for o segundo, que há competição. E, quando se fala em provas, isso significa que qualquer pessoa racional deve concordar com o argumento; mesmo que não seja um argumento demonstrativo ao estilo da matemática (um cálculo bem feito dá um único resultado, e o sujeito que não percebe o resultado ou não concorda com ele é incapaz. Um exemplo simples: 3x3=9, e não faria nenhum sentido alguém dizer: “Para você, para mim é 8”), o argumento deveria ser cognitivamente convincente. Aquele que não concorda com a conclusão, ou não compreende o argumento, ou está agindo de má-fé.
Onde, porém, buscar tais provas? Historicamente, têm sido elas buscadas no raciocínio abstrato, na análise e na comparação de idéias, na experiência sensorial, no senso comum, nas explicações científicas, no sentimento moral.
Diversos os pontos de partida, similaridade no modo de argumentar. Parte-se de elementos geralmente aceitos e, se for o caso, de verdades evidentes ou necessárias (que não podem ser negadas), aplicam-se as regras básicas do raciocínio lógico, dedutivo ou indutivo, alcançando-se uma conclusão, tal como se faz nos raciocínios comuns ou nos científicos.
Se o propósito é mostrar que a filosofia